O sol de Lisboa despertava com brilho dourado sobre o rio Tejo. Era cedo — ainda havia um leve frescor no ar quando saímos do hotel em direção ao bairro de Belém. Este não seria um passeio comum. Este era o dia de conhecer um dos mais emblemáticos cartões-postais de Portugal: a imponente, histórica e encantadora Torre de Belém.
Eu, Cláudio, guiava nossa pequena caravana de exploradores: Luciana, sempre atenta às nuances históricas, e nossa filha Bia, com a câmera na mão e um olhar sempre pronto a capturar algo mágico. Já havíamos lido muito sobre a história da Torre de Belém, mas nada se compara a vê-la, ao vivo, refletida nas águas tranquilas do Tejo.
A primeira visão: um castelo flutuando no rio
A primeira impressão da Torre de Belém é quase surreal. De longe, parece um pequeno castelo medieval flutuando sobre as águas. Perto, impressiona pelos detalhes góticos e manuelinos, pelas varandas esculpidas, pelas torres cilíndricas, pelas ameias em forma de escudo — tudo absolutamente único. Uma verdadeira joia da arquitetura de Lisboa.
Foi erguida no início do século XVI, a mando do rei Dom Manuel I, como parte do sistema defensivo da cidade. Mas seu papel foi muito além: a Torre de Belém se tornou símbolo das grandes navegações portuguesas, ponto de partida e chegada de caravelas que ousaram atravessar oceanos desconhecidos. Estar ali é sentir-se parte da época dos descobrimentos.

“É como se o tempo estivesse suspenso aqui,” sussurrou Luciana, enquanto tocava as pedras da base da torre. E ela tinha razão.
Explorando cada canto da Torre de Belém
Entramos na torre pela passarela que se estende sobre o rio. A visita é guiada por escadas estreitas que conduzem a pequenos salões e, finalmente, ao terraço superior. A vista do topo da Torre de Belém é um espetáculo: de um lado, Lisboa; do outro, o Tejo se perdendo no Atlântico. E ali, o vento sopra histórias.
A cada degrau, descobríamos curiosidades da história da Torre de Belém: foi prisão, farol, posto aduaneiro, e hoje é Patrimônio Mundial da UNESCO. A arquitetura manuelina se mistura a influências árabes, e pequenos detalhes esculpidos contam mais do que palavras poderiam expressar.
Bia fez dezenas de registros: dos detalhes da gárgula em forma de rinoceronte à janela principal em forma de flor. “Essa torre parece mágica, pai”, ela disse, “como se guardasse segredos.”
O que fazer em Belém além da torre
Claro que visitar a Torre de Belém é um dos principais programas de o que fazer em Lisboa, mas não paramos por aí. Belém é um bairro riquíssimo culturalmente. A poucos passos dali, seguimos para:
- Padrão dos Descobrimentos – outro monumento que homenageia os grandes navegadores.
- Mosteiro dos Jerónimos – uma obra-prima do gótico manuelino, tombado pela UNESCO.
- Centro Cultural de Belém – com exposições e eventos culturais vibrantes.
- Museu da Marinha – um mergulho na tradição náutica de Portugal.
- Pastéis de Belém – sim, não há como resistir! E comemos ali mesmo, ainda quentes, polvilhados de açúcar e canela.
A Torre de Belém é o coração de um roteiro completo em Belém. Um verdadeiro mergulho em Lisboa histórica, ideal para quem quer viver o passado com os pés no presente.
Dicas práticas para quem vai visitar a Torre de Belém
- Horários: Aberta de terça a domingo, geralmente das 10h às 18h (com última entrada até 17h30).
- Ingressos: Custam em torno de 6 a 10 euros. É possível comprar online ou no local.
- Dica especial: Chegue cedo para evitar filas e aproveite o sol da manhã refletindo nas águas do Tejo. A luz para fotos é simplesmente perfeita.
Uma lembrança que fica para sempre
No final do dia, sentamos à beira do rio, em um dos bancos de pedra com vista direta para a torre. O pôr do sol pintava o céu em tons de cobre e lavanda. A Torre de Belém, agora com luz dourada, parecia flutuar no tempo.
Foi ali que percebemos que esse não era só mais um ponto turístico. Era um símbolo. Um local onde o passado português ainda vive, onde as histórias de conquistas, partidas e reencontros sussurram em cada parede.
Luciana, com o olhar fixo na torre, disse: “A Torre de Belém guarda os sonhos de um país que ousou navegar o mundo.” E esse pensamento, simples e profundo, encerrou nosso dia com uma reverência silenciosa.
A Torre de Belém é parada obrigatória em qualquer roteiro por Lisboa. Mas para nós, da Aventuras ao Vento, foi mais do que um passeio. Foi um reencontro com a alma de Portugal — uma alma feita de coragem, história e beleza.
Se você está montando seu roteiro de o que fazer em Lisboa, coloque a Torre de Belém no topo da lista. E se puder, vá com tempo, com calma e com o coração aberto. A torre não fala. Mas para quem escuta com atenção, ela conta tudo.
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