O setor de viagens nos Estados Unidos enfrenta um período de ajustes significativos, com empresas como Marriott International e Booking Holdings implementando cortes de custos e demissões em massa em resposta à queda na demanda por viagens de lazer entre consumidores de baixa renda. Essa tendência, observada ao longo de 2024, projeta um impacto contínuo em 2025, afetando diversos segmentos da indústria de turismo e hospitalidade.
Redução na Demanda e Impacto no Setor Hoteleiro
A diminuição na procura por hotéis econômicos resultou em um crescimento mais lento para o setor hoteleiro em 2024. Dados da CoStar e da Tourism Economics indicam que a receita por quarto disponível (RevPAR) para hotéis de categoria econômica caiu 6,5% no primeiro trimestre de 2024, representando a maior queda entre todos os segmentos hoteleiros. Essa tendência levou as empresas a revisar suas projeções financeiras, com uma redução na expectativa de crescimento da receita de quartos para 2025, de 2,6% para 1,8%.
Medidas de Redução de Custos e Demissões
Em resposta ao cenário desafiador, a Marriott International anunciou planos para cortar custos anuais entre US$ 80 milhões e US$ 90 milhões, incluindo a demissão de mais de 800 funcionários corporativos no primeiro trimestre de 2025. A Booking.com, parte do grupo Booking Holdings, também sinalizou possíveis cortes de pessoal, após um crescimento modesto de 3% em sua força de trabalho no terceiro trimestre de 2024, comparado a um aumento de 13% no mesmo período de 2023.
Outras empresas do setor adotaram medidas semelhantes. A Vail Resorts planeja economizar US$ 100 milhões até o final de 2026, com a redução de 14% de sua força de trabalho corporativa. A Norwegian Cruise Line Holdings busca uma economia de US$ 300 milhões até 2026, consolidando atividades administrativas por meio de tecnologias de baixo custo. A Marriott Vacations Worldwide, separada da Marriott International em 2011, pretende economizar entre US$ 50 milhões e US$ 100 milhões anuais nos próximos dois anos, em parte através da automação.
Automação como Estratégia de Eficiência
A automação tem sido uma estratégia central para empresas que buscam aumentar a eficiência operacional e reduzir custos. A Norwegian Cruise Line Holdings, por exemplo, está consolidando atividades administrativas utilizando tecnologias de baixo custo, visando economizar US$ 300 milhões até 2026. A Marriott Vacations Worldwide também está investindo em automação para alcançar economias significativas nos próximos anos.
Perspectivas para 2025
Apesar dos desafios, há sinais de resiliência em segmentos específicos do mercado. A demanda por viagens de luxo e corporativas permanece relativamente estável, com hotéis de alto padrão registrando ocupações mais altas e quedas menores na receita por quarto disponível. No entanto, a recuperação completa do setor dependerá de fatores econômicos mais amplos, incluindo a inflação e o poder de compra dos consumidores.
Em resumo, o setor de viagens nos EUA está passando por uma reestruturação significativa, com empresas adotando medidas proativas para enfrentar a redução na demanda e preparar-se para um ambiente econômico desafiador em 2025. A automação e a eficiência operacional emergem como estratégias-chave para navegar por esse período de transição.
Com a redução da demanda em segmentos de hotéis econômicos e viagens de lazer de consumidores de baixa renda, o setor enfrenta mudanças estruturais. Empresas de turismo e hospitalidade estão buscando novas estratégias, como maior dependência de tecnologia e eficiência operacional, para se adaptarem a um mercado mais competitivo.
Por outro lado, a demanda por experiências personalizadas e viagens de luxo continua em alta, sugerindo que o setor poderá encontrar novas oportunidades ao diversificar suas ofertas e direcionar esforços para públicos específicos. Além disso, inovações como a automação podem não apenas reduzir custos, mas também melhorar a experiência do cliente, criando um diferencial competitivo.
Enquanto isso, os consumidores devem se preparar para um cenário de possíveis mudanças nos preços e serviços em 2025, com impacto direto nas opções disponíveis para diferentes faixas de renda. A recuperação plena do setor dependerá de uma combinação de fatores econômicos, estratégias de mercado e a capacidade de inovar para atender às demandas emergentes do turismo global.
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